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Pressão Europeia Faz Meta Cortar Preço de Assinatura Sem Anúncios

Empresa busca atender demandas regulatórias e oferece alternativas aos usuários

A Meta anunciou uma redução de 40% no preço de sua assinatura sem anúncios para usuários da União Europeia (UE). A medida, válida a partir de 13 de novembro, faz parte de uma tentativa de alinhar suas práticas publicitárias às exigências regulatórias do bloco. A assinatura, que oferece uma experiência livre de anúncios personalizados no Facebook e Instagram, agora custa €6 por mês na web e €8 em dispositivos iOS e Android, com tarifas reduzidas para contas adicionais.

Alternativas para usuários e novas condições para anúncios

Além do plano pago, a Meta apresentará aos usuários uma terceira opção: anúncios menos personalizados baseados em dados básicos, como idade, localização, gênero e interações em tempo real no aplicativo. Essa alternativa gratuita inclui anúncios que não podem ser pulados, muitas vezes exibidos em tela cheia. A empresa defende que essas mudanças “garantem valor aos anunciantes” enquanto oferecem uma experiência gratuita aos usuários.

Apesar da redução na personalização, a experiência do usuário pode ser impactada negativamente, já que os anúncios tendem a ser menos relevantes e intrusivos.

Conflitos regulatórios e implicações

A Meta vem enfrentando pressão regulatória na UE para ajustar suas práticas de publicidade personalizada, especialmente após a implementação de leis como o Digital Markets Act (DMA) e a interpretação mais rígida do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR). As autoridades exigiram que a empresa solicitasse consentimento dos usuários antes de exibir anúncios personalizados, o que resultou no lançamento da assinatura paga em 2022.

Entretanto, o modelo “pague ou aceite” da Meta está sob investigação. Caso a empresa seja considerada culpada de violar o DMA, poderá enfrentar multas de até 10% de sua receita global anual, o que pode chegar a US$ 13 bilhões.

Um ajuste estratégico para mitigar riscos

Com essas mudanças, a Meta busca atender às exigências da UE enquanto protege sua receita publicitária, que é a principal fonte de lucro da empresa. Contudo, as discussões com os reguladores continuam, e a decisão final sobre o caso será divulgada até março de 2024.

A iniciativa evidencia o desafio de equilibrar interesses corporativos, a experiência do usuário e o cumprimento de normas regulatórias cada vez mais rigorosas na Europa.

Veja também: Google Suspende Anúncios Políticos na União Europeia

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Google Suspende Anúncios Políticos na União Europeia

Nova regulamentação impulsiona mudanças na política de publicidade da gigante tecnológica

Em resposta a novas regulamentações da União Europeia, o Google anunciou que deixará de veicular anúncios políticos no bloco, incluindo em sua plataforma de vídeos, o YouTube. A decisão foi detalhada no blog oficial da empresa, The Keyword, e reflete os desafios operacionais e incertezas jurídicas impostos pelo Regulamento sobre Transparência e Direcionamento de Publicidade Política.

Uma medida preventiva diante de novas regras

O regulamento, que entrará em vigor em outubro de 2025, traz definições amplas para publicidade política, o que, segundo o Google, dificulta sua implementação de forma clara e segura. Diante disso, a empresa optou por suspender a veiculação desse tipo de anúncio já no próximo ano, antecipando-se às exigências legais.

Essa não é a primeira vez que o Google toma medidas semelhantes: a empresa já havia interrompido anúncios políticos pagos em países como Canadá, França e aqui no Brasil, onde regulamentações locais impuseram restrições à publicidade política digital.

Um histórico de embates regulatórios

A relação entre o Google e o governo europeu tem sido marcada por atritos nos últimos anos. Em 2019, a empresa enfrentou acusações de práticas publicitárias abusivas e, mais recentemente, recebeu sanções antitruste. Além disso, como parte de um teste controverso, o Google começou a omitir resultados de editores de notícias da UE em seu motor de busca, no Google Notícias e no Discover.

Impactos no ecossistema digital

A suspensão dos anúncios políticos representa uma mudança significativa tanto para anunciantes quanto para o público europeu. Por um lado, busca atender às regulamentações crescentes no setor; por outro, pode influenciar o alcance de campanhas políticas e o acesso à informação durante períodos eleitorais.

Com esse movimento, o Google reafirma a complexidade de alinhar inovação tecnológica com um cenário regulatório cada vez mais rigoroso, especialmente no contexto europeu.

Veja Também: Pressão Europeia Faz Meta Cortar Preço de Assinatura Sem Anúncios

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Bluesky: Com um crescimento de 1 milhão de usuários na última semana, plataforma alcança 15 milhões de usuários.

A busca por alternativas ao X (antigo Twitter) impulsionou o rápido crescimento do Bluesky que recentemente ultrapassou a marca de 15 milhões de usuários. A plataforma, que opera sobre o protocolo descentralizado AT Protocol, tem atraído um público cada vez maior, especialmente dos Estados Unidos, onde ocorreu um aumento significativo de adesões após as recentes eleições presidenciais. Com um salto de aproximadamente um milhão de novos usuários em apenas uma semana, o Bluesky atualmente ocupa a primeira posição na App Store para iOS, à frente de apps gigantes como Threads, ChatGPT e o aplicativo do Google.

Bluesky vs. Threads: Experiências Distintas no Universo das Redes Sociais

Apesar do crescimento expressivo, o Threads, da Meta, ainda possui uma base de usuários muito superior, com 275 milhões de contas ativas mensalmente. No entanto, o Bluesky oferece uma experiência diferenciada para seus usuários. Ambas as plataformas são, até o momento, livres de anúncios, mas a principal distinção entre elas está na estrutura do feed. Enquanto o Threads utiliza um único feed algorítmico desenvolvido pela Meta, o Bluesky permite a criação de feeds algorítmicos personalizados, além dos feeds “Discover” (Descobrir) e “Popular With Friends” (Popular entre Amigos), que favorecem uma experiência mais moldada pelas preferências de cada usuário.

Funcionalidades Recentes e a Luta Contra a “Toxicidade”

Nos últimos meses, o Bluesky implementou diversas funcionalidades para tornar a experiência na plataforma mais rica e interativa. Dentre as novidades estão a possibilidade de realizar postagens em vídeo, a fixação de postagens no perfil e a personalização de fontes. Além disso, a plataforma desenvolveu um conjunto de ferramentas anti-toxidade que permite, por exemplo, que um usuário desconecte sua postagem de uma citação feita por outra pessoa, evitando associações indesejadas.

O Futuro do Bluesky

Com o aumento expressivo de usuários e uma recepção positiva às novas funcionalidades, o Bluesky está se consolidando como uma alternativa viável para quem busca um ambiente de interação mais controlado e descentralizado. Seu rápido crescimento é um indicativo do desejo dos usuários por mais controle sobre suas experiências online, o que reflete uma tendência de descentralização no cenário das redes sociais.

The Verge